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Mostrando postagens de fevereiro, 2018

Artigo de Humberto de Campos: "Poetas do Outro Mundo"

(Autor: Equipe Dossiê Espírita) (NO FINAL DE SEU ARTIGO, HUMBERTO DE CAMPOS CITA O LIVRO O MONSTRO E OUTROS CONTOS, QUE ELE LANÇAVA NA ÉPOCA). COMENTÁRIO: Humberto de Campos havia escrito, em vida, dois artigos no jornal Diário Carioca, o primeiro, intitulado "Poetas do Outro Mundo", datado de 10 de julho de 1932, e, como o periódico não circulava nas segundas-feiras, o texto seguinte, "Como Cantam os Mortos", saiu dois dias depois, portanto 12 de julho de 1932. Na verdade, um artigo dividido em dois, pelos limites de espaço. No primeiro texto, que reproduziremos a seguir, Humberto adota uma postura ao mesmo tempo ingênua e crítica ao livro Parnaso de Além-Túmulo, de Francisco Cândido Xavier, dando a crer que o livro - que, através de pesquisas cuidadosas, revelou-se não ter sido psicografado, mas elaborado por um grupo de escritores, como se observa no decorrer de sua coluna. Humberto, aparentemente, acreditava que os poemas lançados no livro era

Chico Xavier e a sua fantasia sobre os degredados

(Autor: Equipe Dossiê Espírita) Como livro de História do Brasil, o volume Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho , é risível e nem de longe remete à suposta missão reveladora que se atribui a uma obra que se acredite espiritual, que prometeria novidades que estariam alheias à nossa percepção terrena. O livro começa mal pela autoria pois, apesar da atribuição oficial ao espírito do escritor Humberto de Campos (1886-1934), apresenta fortes indícios de um livro escrito a quatro mãos por Francisco Cândido Xavier e Antônio Wantuil de Freitas, então presidente da Federação "Espírita" Brasileira. Lançado em 1938, o livro destoa completamente do estilo original de Humberto de Campos, escritor maranhense membro da Academia Brasileira de Letras e bastante popular em seu tempo, tirando todo o mérito de Chico Xavier de estar associado ao legado do falecido intelectual. Humberto tinha, em vida, uma prosa descontraída, laica, culta mas em linguagem informal e ace

Memórias de Humberto de Campos e "memórias" do pseudo-Humberto de Campos

(Autor: Professor Caviar) Não custa aqui compararmos a obra original de Humberto de Campos e a suposta obra espiritual sob seu nome, porque assim provamos o quanto as duas apresentam irregularidades muito grandes entre si. O Humberto de Campos que esteve entre nós tinha escrita ágil, bem feita, descontraída. Raramente alongava demais nos parágrafos, mas a leitura dos mesmos não era pesada. E a linguagem era impecável e constantemente dotada de senso de humor. Já o suposto espírito revela um estilo totalmente diferente. Melancólico, com escrita pesada, um apelo igrejista descomunal, e constantes vícios de linguagem. A obra "mediúnica" trazida por Francisco Cândido Xavier indica uma leitura cansativa e entediante, até mesmo para quem é tomado pelas paixões religiosas que resultam na idolatria cega ao "médium". Aqui temos, como exemplos, um conto do livro Memórias , de 1933, chamado "Brinquedo Roubado", no qual se observa o natural senso de

A risível narrativa da Independência do Brasil que Chico Xavier botou na conta de Humberto de Campos

(Autor: Professor Caviar) Na risível patriotada de Chico Xavier, atribuída ao espírito Humberto de Campos, o "médium" resolveu colocar o autor maranhense, que, em 1938, fazia uns três anos de apropriação pelo esperto mineiro, há uma narrativa da Independência do Brasil que, em se tratando de uma obra "mediúnica", soa constrangedora, porque repete o ponto de vista das narrativas cosnervadoras dos piores livros de História do Brasil. Além da atribuição, bastante duvidosa e ao arrepio da Ciência Espírita, do filho Dom Pedro II ter sido o centurião Longinus, nota-se que a abordagem superestima os fatos brasileiros como a Independência do Brasil e o Primeiro e Segundo Impérios, atribuindo a eles um suposto marco de construção do tal "coração do mundo". O texto abaixo não seria escrito, com muita certeza, por Humberto de Campos, sendo o uso deste nome bastante leviano e impróprio para uma obra dessa natureza, que nem de longe reflete o estilo pess

Como foi construído o mito de Chico Xavier

NOTA DO EDITOR: Este texto dá uma noção básica de quem foi o homem que usou o nome de Humberto de Campos para se promover. (Autor: Profeta Gandalf) Para os religiosos que pensam que são espíritas, o seu mentor maior é o médium mineiro Chico Xavier, morto em 2002 e que aniversaria hoje. Para os seus admiradores, o famosos médium é considerado um homem de extrema bondade, uma quase-divindade encarnada, alguém em que depositam uma confiança extrema e por isso mesmo, bastante cega. Xavier não foi nada disso. Melhor: Xavier não queria ser nada disso. O médium era um homem honesto e humilde e não tinha pretensões de liderar ninguém e muito menos de servir de exemplo de bondade para os outros. Fazia aquilo que acreditava e só.  Mas seus admiradores não quiseram ouvir isso dele. Para eles, Xavier era como um gigante mitológico, um ser superior, que tinha superpoderes e estava acima de todos na evolução. E o que fez todo mundo até hoje, defender a superioridade do pobre rapaz

O caso Humberto de Campos: quando Chico Xavier virou réu pela primeira vez

(Autor: Equipe Dossiê Espírita) O escritor Humberto de Campos é um dos primeiros casos em que os líderes do "movimento espírita" brasileiro passaram a ser "donos dos mortos", tornando-se vítima, postumamente, da mais extrema obsessão do anti-médium Francisco Cândido Xavier. Equivocadamente associado ao "movimento espírita", Humberto de Campos era ateu. Tendo nascido em 25 de outubro de 1886, na antiga cidade de Muritiba, no Maranhão, cidade que depois ganhou o nome do escritor, Humberto foi um expoente da poesia e prosa neo-parnasiana brasileira. Ele foi um dos escritores mais prestigiados de seu tempo, e começou sua carreira em São Luís, no Maranhão, e depois viveu alguns anos no Pará. Depois passou a viver no Rio de Janeiro, se entrosando com os intelectuais da época, como Coelho Neto, Rui Barbosa e Olavo Bilac. Quando morreu o outro amigo de Humberto, o escritor Emílio de Menezes, considerado então um satírico à altura de Gregório de

O suposto diálogo de "Irmão X" com Marilyn Monroe

(Autor: Equipe Dossiê Espírita) Marilyn Monroe, uma das mais belas atrizes de Hollywood e que fez muito sucesso na década de 1950, teria feito 88 anos este ano. Mas faleceu prematuramente, já moralmente abatida por tantos escândalos que alimentam a mídia sensacionalista, ingerindo uma overdose acidental de remédios. A morte ocorreu no dia 05 de agosto de 1962, sete anos depois de Carmem Miranda (outra vítima do consumo excessivo de remédios) e que foi o desfecho lamentável da loura sexy que na verdade era ruiva, se chamava Norma Jean e tinha mais um perfil de garota graciosa. Em 1969, no auge do Espiritolicismo chiquista, seu ídolo maior Chico Xavier, já se desvencilhando do "ciclo André Luiz", tendo escrito o livro ...E a Vida Continua já sem seu parceiro Waldo Vieira, que rompeu com a FEB, escreveu, sob o nome de Irmão X, o livro Estantes da Vida. Sabe-se que Irmão X foi o pseudônimo usado para substituir o nome de Humberto de Campos, já que a suposta atr